quarta-feira, 21 de outubro de 2009

barriga cheia de nada

Lá estava eu, de batinha vestida, perna aberta e com um tubo enfiado no meu pipi. Mais confortável, impossível.
No écran, o meu útero.
Vazio.
Qualquer mulher da minha idade, sem estabilidade financeira e sem uma relação a que se possa chamar relação, sentiria alívio.
Eu não.
Desfiz-me em lágrimas.
A minha vida continua igual.
Não há bebé para ninguém.
Foi um susto.
Um susto bom.
Uma agradável hipótese de mudança.
Fica para a próxima.
Para quando tiver de ser.